O título desta postagem é também o título de um texto interessante publicado na Revista Nova Escola em maio de 2008. O autor do texto, o Professor Luís Carlos de Menezes, destaca:
"Os estudantes estão atentos a tudo. Por isso, os professores devem ter consciência de que ensinam muito além de suas palavras."

"São incontáveis os exemplos, mas a idéia é que devemos ter consciência das mensagens implícitas em nossas atitudes e expressões e de que isso pode ser mais importante que outras sabedorias, pois os alunos também buscam sentidos, e não apenas informações. Conheço uma Luiza cuja vida mudou quando a professora a deixou inventar o fim de uma história e uma Jussara que descobriu sua profissão ao ver a colega cega sendo ensinada. Mas sei de um Rafael que largou a escola, ainda analfabeto, envergonhado por olhares de desprezo do professor. "
Querido/a catequista:
Embora o texto seja direcionado a professores, ampliemos nossa visão enquanto educadores na fé. Onde está escrito,
...professor, leia-se catequista.
...estudantes, leia-se catequizandos.
...criança, leia-se criança.
...mudou, leia-se converteu.
...profissão, leia-se vocação.
...largou, leia-se desistiu.
Estamos tratando das mesmas pessoas. Embora muitos afirmem com entusiasmo "Catequese não é Escola" e de fato não é, eu enquanto professora e catequista por vezes retruco: "Quem dera todo encontro de catequese fosse rico como minha sala de aula".
Estamos tratando das mesmas pessoas e devemos aliar os conhecimentos. Eu sou professora e catequista e ambas as práticas são importantes para o meu fazer pedagógico e para o meu ato evangelizador. Aquela criança, adolescente ou jovem, meu catequizando é também um estudante e sente como tal.
Ao conhecer esse texto eu pensei: Que lições ocultas enquanto professora estou deixando? E enquanto catequista? Nós educamos muito além das nossas palavras. Os nossos atos dizem muito.
Nossa missão não é fácil. Educar na fé é um desafio cotidiano e deveria oportunizar o reconhecimento de que vivemos a Palavra, embora não seja tão simples assim.
Eu pergunto a todos/as ao mesmo tempo pergunto a mim mesma:
Que lições ocultas eu tenho deixado?
Catequista intolerante que sempre reclama dos atrasos?
Catequista despreparada que nunca sabe falar com certa profundidade sobre temas ligados à Bíblia?
Catequista só de sala, aquela que nunca é vista nas missas?
Catequista carrancuda, aquela que nunca sorri?
Catequista copista, aquela que tem como aliados imprescindíveis o quadro e o giz?
Ou catequista que caminha ao lado do Mestre, se inspira, se anima, contagia...
Que lições ocultas estou deixando em minha turma?
Um grande abraço,
Clécia Ribeiro
Professora e Catequista
*Encontre aqui o texto na íntegra: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/aprendizado-licoes-ocultas-467330.shtml
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