Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
SEGUNDA, TERÇA E QUARTA DA SEMANA SANTA
TRÍDUO PASCAL
QUINTA-FEIRA SANTA
Imagine a seguinte situação: Você é convidado para uma festa de aniversário. Você se arruma com usa melhor roupa, compra um belo presente… Mas ao chegar na festa, percebe que todo mundo está lá, menos o aniversariante. Mas isso não importa, pois todos estão comendo, bebendo, dançando, comemorando… e o aniversariante, o “dono da festa”, é apenas parte secundária, um pretexto para que a festa aconteça. Estranho né?
Infelizmente o Natal de muitas pessoas é exatamente assim. As pessoas festejam e trocam presentes sem ao menos dedicar um minuto de seu pensamento para aquele que deveria ser o centro da comemoração.
Claro, não sejamos hipócritas. É muito bom dar e receber presentes, comer aquelas comidas gostosas que só saboreamos no Natal... e não há nada de errado nisso! O problema começa quando damos mais importância para estas coisas e esquecemos o sentido verdadeiro do Natal. ALEGREMO-NOS, JESUS NASCEU! ALELUIA!
Vamos refletir sobre isso! Neste Natal vamos dedicar um tempo para rezar agradecendo a Deus pelo dom da vida, pela nossa família, pela nossa existência. E principalmente, por ter nos dado seu filho Jesus, que veio para nos salvar de todo mal que há no mundo!
Que você que tenha um santo e abençoado Natal. Paz & Bem!!!
Catequista Roberto.
Advento é uma palavra latina que significa aproximar-se, vir chegando aos poucos. Durante as quatro semanas do Advento, a gente se prepara para o Natal. No Advento, ouvimos as vozes sempre atuais dos profetas bíblicos, anunciando a vinda do Messias. Também ouvimos a voz de João Batista e do próprio Jesus, anunciando a proximidade do Reino de Deus.
Tempo do Advento é próprio do Ocidente. Foi instituído para que os fiéis se preparassem para a celebração do Natal, mas em pouco tempo adquiriu também um significado escatológico: de fato, recorda a dupla vinda do Senhor, isto é, a vinda entre os homens e a vinda no final dos tempos.
O Advento é tempo de alegre expectativa. O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.
Origem do Advento
Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII, em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal. No final do século IV, na Gália (atual França) e na Espanha, tinha caráter ascético, com jejum, abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecúmenos para o batismo na festa da Epifania.
Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor. Só após a reforma litúrgica é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas.
Teologia do Advento
O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. Jesus, que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15) .
O Advento recorda também o Deus da revelação, Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação, mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final dos tempos.
O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem, até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da missionariedade de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.
Espiritualidade do advento
Deus é fiel às suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve, nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá, com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel, já realizada em Cristo, mas que só se consumará definitivamente na parusia do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Maranatha"! Vem, Senhor Jesus!
O tempo do Advento é tempo de esperança, porque Cristo é a nossa esperança (1Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições.
O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o nosso ser a Cristo, não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, "lutando até o sangue" contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.
Caro internauta, quero iniciar este artigo com um breve testemunho. Em certa oportunidade, eu estava responsável pela organização de uma linda celebração Eucarística. Nela, algumas crianças iriam receber Jesus pela primeira vez. No corre-corre daqueles cinco minutos que antecederam o início dessa celebração tão importante, fui interpelado por alguém que puxava a minha sobrepeliz.
Inicialmente, pensei que seria mais uma pessoa a perguntar, por exemplo, o que fazer na procissão de entrada ou quem seriam os leitores. Talvez fosse alguém a dizer que as velas do altar ainda não estavam acesas ou algo semelhante. Engano meu! Era uma pequena criança, com pouco mais de sete anos, que me lançara uma pergunta à queima-roupa: “Por que Jesus ama as crianças?”.
Devo confessar que, diante do contexto caótico em que eu me encontrava, haja vista que a pergunta dela se tratava de uma a mais dentre outras dezenas que eu já havia respondido e mais dezenas que eu haveria de responder antes do início da celebração, pensei em ignorá-la.
No primeiro momento, reconheço, cometi esse pecado. Virei-me para dar continuidade às atividades, cujo objetivo não era outro senão dar alguma ordem àquele caos. Porém, a pureza e a verdade com que aquela garotinha me fizera a pergunta deixou-me imensamente incomodado. Eu precisava dar a ela uma resposta.
Antes de continuar a narrativa desse testemunho, quero afirmar que podemos aprender muito com as crianças. Não é por acaso que Jesus, no Evangelho de Mateus, diz aos discípulos (e a todos nós) que se não nos tornarmos crianças, não entraremos no Reino dos céus (cf. Mt 18,3).
Embora esse trecho do Evangelho não esteja se referindo propriamente (ou somente) à pureza, à inocência ou à perfeição moral de uma criança, não se pode negar que, nesses quesitos, os pequeninos são grandes mestres.
Essa passagem está mais associada à dependência que possuem as crianças dos seus pais. Uma dependência sincera e sem desconfianças. Somente elas são capazes de se entregar com verdade e pureza. As crianças possuem inocência e candura no olhar, no falar, no pensar, no comportar-se. Eis o exemplo que devemos obstinadamente buscar.
O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 2519, relembra-nos uma promessa que Deus faz a todos os homens: “Aos puros de coração, é prometido que verão a Deus face a face e serão semelhantes a Ele” (cf. 1 Cor 13,12). Assim, a pureza do coração é condição prévia para que esta visão aconteça. E se a pureza de coração nos permitirá ver a Deus face a face, desde já, ela nos permite ver todas as coisas segundo Deus. Quanta beleza há nessa maravilhosa possibilidade dada a nós por Deus!
Bom, você ainda deve estar se perguntando qual teria sido a resposta que eu dei àquela garotinha de que falei no início do artigo. De antemão, já informo que não foi nada de outro mundo. Naquele momento de caos, a única coisa que me veio ao pensamento foi uma simples analogia. Perguntei se ela gostava de piscina, e ela respondeu positivamente com a cabeça.
Então, pedi a ela para imaginar uma piscina bem grande, a maior que ela já tinha visto, repleta de água cristalina. Tão cristalina a ponto de ser possível enxergar os azulejos do fundo. Ela balançou novamente a cabeça em sinal de positivo. Disse a ela que Deus amava as crianças, porque o coração delas é tão puro e cristalino quanto a água daquela piscina. Aquela criança não me fez mais nenhuma pergunta, simplesmente se virou e voltou para próximo a seus pais.
Logo que isso aconteceu, ocorreu-me um segundo pensamento. Não tive a oportunidade, naquele momento, de expor para aquela criança, mas gostaria de expor a você. Tente imaginar uma pequena gota de café. Então, pergunto: se alguém deixasse cair essa gota de café em uma piscina olímpica o que aconteceria? Se essa mesma pergunta fosse dirigida a mim eu responderia: “Ao tocar na água, a gota desapareceria, seria totalmente diluída”.
Concluo, portanto, com o seguinte pensamento: diante das crianças, o pecado é como uma gota de café. Ao entrar em contato com a pureza desses pequeninos, seria imediatamente dissipada. Onde há a pureza, o pecado não tem força.
Busquemos a pureza de uma criança! Ela nos levará para o céu!
Deus abençoe você e até a próxima!
Gleidson Carvalho
Gleidson de Souza Carvalho é natural de Valença (RJ), mas viveu parte de sua vida em Piraúba (MG). Hoje, ele é missionário da Comunidade Canção Nova, candidato às ordens sacras, licenciado em Filosofia e bacharelando em Teologia, ambos pela Faculdade Canção Nova, Cachoeira Paulista (SP). Atua no Departamento de Internet da Canção Nova, na Liturgia do Santuário do Pai das Misericórdias e nos Confessionários. Apresenta, com os demais seminaristas, o “Terço em Família” pela Rádio Canção Nova AM. (Instagram: @cngleidson)