No dia 30 de junho, o calendário litúrgico nos recorda os primeiros mártires da Igreja de Roma, cristãos que foram falsamente acusados pelo Imperador Nero de incendiar a cidade em 19 de julho de 64 e, por isso, foram condenados à morte depois de muitas torturas em uma perseguição que continuou até o ano 67.
O povo já guardava seus receios em relação aos cristãos, porque eram poucos e se recusavam a participar dos cultos aos deuses pagãos. Com as falsas acusações do Imperador Nero, foi incentivado o ódio contra os cristãos, o que ensejou uma violenta e sanguinária perseguição. Os santos Pedro e Paulo estão entre as vítimas da perseguição de Nero, por isso, a memória de todos aqueles mártires é celebrada no dia seguinte a lembrança do martírio de ambos.
O sangue e as relíquia dos mártires
O martírio acontece, porque a Palavra de Deus desagrada certos corações, a Palavra de Deus incomoda aqueles que têm um coração duro, um coração pagão, porque ela impulsiona o cristão para frente, saciando com o pão da vida, pelo qual não sentirá mais fome (Jo 6,35). Ao relembrar que a Terra Santa é banhada pelo sangue dos mártires, o Papa João Paulo II esclareceu que “quiseram obrigá-los a deixar Cristo para salvar a vida, mas eles responderam que a sua vida era Cristo; e, certos disso, preferiram Cristo à própria vida”.
Narra-se o fato de que o Papa São Pio V passava perto da basílica quando se aproximou um embaixador para pedir-lhe algumas relíquias de mártires para levar para sua nação. Em resposta a tal pedido, o Papa se abaixou, pegou um punhado de terra do Vaticano e entregou ao embaixador dizendo: “Esta é a relíquia de mártires, pelo copioso sangue que derramaram neste lugar”.
Os primeiros santos mártires da Igreja de Roma sofreram violentas mortes nas mesmas condições que o Cristo: por falsas acusações que ludibriaram o povo para condená-los. São lembrados em celebração no dia 30 de junho, para que não nos esqueçamos de que a vida em Jesus Cristo desafia os corações mundanos e pobres em espírito, que irão atacar e mentir, na vã tentativa de contrapor-se ao Caminho, a Verdade e a Vida (Jo 14, 6).
Que com a lembrança do martírio dos primeiros cristãos possamos nos fortalecer diante das dificuldades e sofrimentos, como verdadeiras testemunhas do Cristo. Que assim seja!
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